Edgar ficou
ali, parado, ouvindo o som da linha. Esperara tanto por aquele momento, pela
oportunidade para falar com alguém e agora não sabia para quem ligar. Nenhum
número lhe vinha à mente, como se qualquer informação a esse respeito tivesse
sido apagada.
Então ele
ouviu um barulho de vidro quebrado. Por alguma razão esse som o arrepiou.
Imagens de sua mulher e sua filha vieram para ele como flashes. A filha lhe
estendia a mão, a última vez que ele a vira, os vidros quebrados, estilhaçados,
e ela estendendo as mãos e chorando.
O telefone
ficou lá, um eco contínuo de cacofonia pendurado no gancho, balançando em
espirais, enquanto ele corria para a cozinha.
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