A tampa
finalmente encaixou, com um clique. Edgar pegou a chave e abriu a porta. Algo
agarrou seu ombro. Dentro do carro, os gritos de aviso haviam se transformado
numa cacofonia indistinguível. Mesmo com as garras segurando sua pele (dor,
muita dor), ele se abaixou e entrou no carro, ao mesmo tempo em que fechava a
porta. O homem que o segurava urrou, mas continuou apertando.
Edgar soltou
a porta e voltou a puxá-la, agora com mais força. Agora ela encontrou os dedos
do zumbi, que se afastou dali, olhando incrédulo para os próprios dedos.
- Vai, vai,
vai! – gritava Jonas, ao seu lado.
A chave
deslizou em sua mão e ameaçou cair (tremendo, minha mão está tremendo!),mas ele
conseguiu segurá-la e engatá-la na ignição. O carro ligou com um ronco leve,
como um gato que reclama de ser acordado.
Nisso, já
havia várias pessoas ao redor do carro. Algumas esmurravam, outra arranhavam o
vidro. Não demoraria muito para que uma delas desse o golpe certo.
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